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17 de jul. de 2015

Resenha: Amor e Sangue



Título: Amor e sangue
Autor: Francine Rossini
Ano: 2013
Número de páginas: 371
Editora: Baraúna





Sinopse: Amor e Sangue - Benjamin, há mais de um século, decidiu transformar sua maldição em algo que pudesse ajudar a humanidade. Quando é convocado ao Brasil para ajudar sua família a exterminar um vampiro muito poderoso que se tornou uma grande ameaça, mas não esperava encontrar um amor que será capaz de mudá-lo para sempre. A dor pela perda de seu pai não deixou que Cecília perdesse a esperança de ser feliz. Um sonho. Uma revelação. Benjamin e Cecília terão de enfrentar muitos desafios para conseguirem viver esse amor. No luxuoso cemitério da Consolação vários vampiros encontram abrigo. Um deles, o mais poderoso, Marcos, liderando o clã mais sanguinário do Brasil, tem a esperança de trazer sua família para a vida noturna... Para sempre.

Resenha:
A estória começa no ano de 1857, em Lisboa. O casamento de Benjamin com Fabrícia já foi arranjado pelo pai do rapaz. A jovem é bonita, mas o mais importante é que ela pertence à mesma classe social que eles. O pai sequer dá ouvidos quando Benjamin o informa que não ama Fabrícia e que Júlio, seu melhor amigo, está perdidamente apaixonado por ela.
Um jantar é realizado para anunciar a união de Fabrícia e Benjamin e é nesse dia que a vida dos três amigos são despertados a viver por toda a eternidade.
Benjamin, após ser transformado e condenado a viver por toda a eternidade, alimenta-se apenas de sangue animal e dedica-se a caçar vampiros sanguinários.
Então chegamos em 2011, quando Benjamin recebe a missão de proteger toda uma família do clã de vampiros de Marcos, o vampiro sanguinário mais poderoso do Brasil. E é nessa missão que ele conhece Cecília, uma jovem que instantaneamente rouba seu coração.

A escrita da Francine é envolvente, faz com que você devore o livro, a trama é magnífica e os personagens muito bem construídos. Não tenho costume de ler livros do gênero e o livro, apesar de me tirar da zona de conforto, acabou me agradando muito.
Boa parte da essência vampiresca é mantida. Vampiros não podem com prata, estacas de madeira e a luz do sol é letal para os vampiros sanguinários. Eles têm um excêntrico poder persuasivo e, aparentemente, também não podem entrar em sua casa sem o seu convite.

O que acabou me incomodando foi a falta de desenvolvimento do relacionamento entre Benjamin e Cecília. O amor surgiu de sonhos e trocas de olhares, foi tudo muito repentino.
O livro possui alguns erros, mas são pouquíssimos e não é nada que prejudique a leitura, mas precisa ser revisado para novas edições.
Quando percebi que o livro estava chegando ao fim e que a autora não tinha chegado sequer ao grande ápice da narrativa, já imaginei que ela deixaria um enorme gancho no final da estória e espero ansioso pelos próximos livros haha.




Abraços

2 de jul. de 2015

Resenha: Amanda Rowcleffe, entre a imortalidade e a magia

Título: Amanda Rowcleffe, entre a imortalidade e a magia
Autor: Amanda M. Nunes
Ano: 2015
Número de páginas: 290
Editora: Chiado Editora
Sinopse: Amanda Rowcleffe é uma garota de 17 anos, aparentemente normal, com amigos, problemas comuns da adolescência e cansada de uma rotina de frustrações. Nem mesmo ela, seria capaz de prever como sua vida mudaria de maneira tão decisiva.
Após ser atacada por um estranho e passar por uma drástica transformação, vê-se diante de outra realidade que, até então, julgara ser possível apenas na ficção, impondo a si a obrigação de incorporar uma nova personalidade, se tornando um ser poderoso, perigoso e imortal.
Após o período de total mudança, e perante ao que é agora, vê-se diante de algo ainda mais surreal, descobre que tudo teve um porquê, e que seu passado está interminavelmente ligado ao seu futuro.
Passa a aceitar a necessidade de aprender a lidar com a magia e, por estar presa a uma profecia, prepara-se para decidir de qual lado irá lutar quando a verdadeira batalha de sua vida iniciar.



Resenha: 
"Todos temos magia dentro de si nós, apenas temos que aprender como usá-la."

A sinopse e as frases de efeito já nos fazem criar uma grande expectativa sobre o livro, talvez isso tenha contribuído para que eu não gostasse tanto.
Amanda é uma garota comum, filha adotiva, nada popular, entediada e com problemas normais de uma adolescente.
Tudo acaba mudando quando Amanda, voltando sozinha de um passeio, é atacada e transformada em um vampiro. Ela fica desacordada enquanto passa pela dolorosa transformação, já que para ser transformada em vampiro é necessário morrer primeiro.
Pouco tempo após sua transformação, chega em sua escola um professor novo, Alan, muito jovem pra já ser professor e com quem já percebemos que vai rolar um certo romance.
Antes mesmo de se adaptar como uma vampira, Amanda descobre que também é uma bruxa. Há um mundo mágico paralelo ao nosso e seus pais biológicos eram reis nesse mundo. O melhor de tudo é que os vampiros e bruxos estão em guerra, existe uma profecia que diz sobre uma menina que pertence aos dois reinos e que triunfará o lado que ela escolher lutar. Ual! Seria fantástico se não fosse clichê.


A diagramação e a edição da Chiado estão excelentes! Quando recebi o livro fiquei bem entusiasmado com o excelente trabalho da editora.
Senti falta de um desenvolvimento melhor da história, dos laços de amizade, do relacionamento de Amanda com os pais e até mesmo do romance de Amanda e Alan. Tudo gira em torno de Amanda e só às vezes a autora se lembra de que existem outros personagens... Isso se destaca principalmente na metade do livro em que a história fica bem monótona.
Amanda é insuportável! Todo o seu poder e dinheiro lhe sobem a cabeça e tiveram momentos em que eu queria matar ela pelo menos umas três vezes pra ter certeza de que morreu. rs
Outro grande problema de Amanda é sua invencibilidade. Ela nunca vai perder, sempre sabe de tudo ou aprende muito rápido e está sempre convencida disso. 
A protagonista aprende a tocar violino em apenas algumas horas! Nem Beethoven aprendeu rápido assim. "Querida! Seje menas ;)"
Uma das poucas partes que gostei e achei que foi bem escrita, é uma onde Amanda usa a música pra se expressar e não estou dizendo isso só porque sou apaixonado por música.

A autora cria um feitiço pra tudo, no começo eu estava gostando, mas chegou uma hora que encheu o saco! Tem feitiço pra saber se a outra pessoa está mentindo (o que me lembrou muito a Veritaserum de HP), Amanda tem uma bolsinha sem limite de espaço (o que me lembrou o feitiço indetectável de extensão da bolsa da Hermione em HP), se a protagonista precisa separar as coisas dentro de sua bolsa ela faz um feitiço pra isso!


O que me incomodou muito são os erros de digitação, ortografia e concordância que estão presentes do começo ao fim do livro. A autora escreve coisas como "nada haver", "entreguei ele", "muitos bruxos já tentaram vir pra cá e não teve sucesso", "se ela conhece-se, caí-se, estudá-se, etc.", "ainda mais quando nos trás tantas lembranças", "viajem"... Não é algo que acontece aqui e ali, esses problemas estão por toda a parte, nos títulos e epígrafes dos capítulos e até no marcador de página! Alguns erros são coisas tão bobas que uma releitura, ou até mesmo uma passada do corretor do Word, por parte da autora já resolveria.

Paguei o valor de R$ 30,00 (livro + 2 marcadores), o que já é caro, ainda mais para um livro que não foi sequer revisado.

O livro terá sequência, mas eu realmente não pretendo ler. Se me parece que nem a autora leu o seu trabalho, quem sou eu na fila do pão e do vinho? rs
Vi algumas resenhas em outros blogs e senti falta de um pouco mais de visão crítica dos blogueiros. Entendo que o fato de a maioria não ter comprado o livro, como eu fiz, pode ser algo que contribui para que não destaquem os pontos negativos, mas não acho justo com os leitores omitir ou não dar minha opinião sincera.

Quem ainda assim se interessar pelo livro ou quiser tirar suas próprias conclusões é só visitar aqui: http://www.amandarowcleffe.com/p/comprar.html



Abraços

28 de fev. de 2015

Resenha: João & Maria

Clique para ver a página do livro no Skoob
Título: João & Maria
Autores: Marcos Bulzara e Ana Paula Bergamasco
Ano: 2011
Número de páginas: 192
Editora: Todas as Falas

Sinopse:
O que você escolheria: O amor ou a razão?

Maria é bonita, estudiosa, avessa à badalação e tradicional. João é lindo, extrovertido, arrogante e vocalista de uma banda de rock.

Ela jamais se aventurou pelos caminhos tortuosos da paixão. Ele já naufragou pelos mares de um amor fulminante.

Eles não têm nada em comum. Mas foram feitos um para o outro.

Booktrailer:



Resenha:
Devo tomar cuidado ao colocar aqui o que achei deste livro, uma vez que este tem a colaboração de Marcos Bulzara, autor sobre o qual derramei elogios na minha última resenha. Portanto, não devo me estender muito. Com o tempo você começa a simpatizar-se mais com alguns tipos de romances a outros e quando se depara com um que você não foi muito com a cara...

João & Maria não são irmãos perdidos no meio da floresta onde encontram uma casa cheia de doces e blá, blá, blá... São jovens com hábitos e preferências bem contrárias. O que não é fator determinante de levá-los a perceberem o surgimento de um sentimento intrigante e avassalador.

Através de amigos em comum, Maria estabelece uma aproximação maior com João e a partir de então um sentimento maior surge entre eles. Ambos se recusam a afirmar que estão apaixonados, porém seus comportamentos acabam por revelar muita coisa. Maria tem um namorado com quem deverá casar-se em breve e João é um astro do rock e mulherengo.

Até onde você acha que essa paixão vai? Pense nisso e “viaje” um pouco nas possibilidades. Pronto! Você acaba de imaginar um roteiro para próxima temporada de Malhação (risos). Foi assim que senti João & Maria. Há quem adore esse estilo. Outros (eu), não.

O livro possui 14 capítulos. Cada capítulo apresenta as narrativas a partir do ponto de vista dos protagonistas, em primeira pessoa. O texto tem uma linguagem simples e de fácil compreensão o que torna a leitura agradável e rápida (minha prima leu esse livro em quatro horas!). O acabamento segue um layout também simples, sem muitos detalhes.

Não é o tipo de romance com o qual eu me divirta e emocione facilmente (talvez seja a velhice chegando, rsrs). Contudo, há quem goste e por isso não me vejo no direito/dever de consagrar ou crucificar o livro.

E assim vou ficando por aqui. Caso você já tenha lido este livro, por favor, contribua aqui com sua opinião. Ela é valiosa.

Um forte abraço!


19 de fev. de 2015

Resenha: O Arquiteto do Esquecimento

Clique para ver a página do livro no Skoob
Título: O Arquiteto do Esquecimento
Autor: Marcos Bulzara
Ano: 2009
Número de páginas: 470
Editora: Life

Sinopse:
Conheça a impressionante história de Doran Visich. Ele sobreviveu milagrosamente aos campos de concentração nazistas e transformou-se no gênio por trás da maior criação da indústria farmacêutica mundial: uma droga capaz de apagar a memória humana. Mesmo depois de vencer inúmeras barreiras, ganhar milhões e conquistar posição de destaque no mundo da ciência, ainda existe uma culpa que o prende ao passado e o impede de ser feliz. Até o dia em que ele finalmente conhece a verdade que buscou por mais de cem anos!

O Arquiteto do Esquecimento revela uma trama visceral e emocionante. Você será arrebatado numa história de ódio e perdão; de perseverança e resgate; de esperança e salvação.

Booktrailer:


Resenha:
Clique para ampliar.
Meu caso com esse livro começou bem antes de eu tê-lo em mãos. Por meio de uma indicação no Skoob cheguei até essa obra de maneira bem singular. Logo nos primeiros parágrafos pude perceber uma grande semelhança na escrita com a de Dan Brown (sou fã deste cara e suspeito a falar). Marcos Bulzara é um escritor brasileiro de quem tive a honra e o prazer de receber dois livros – comprados, claro - e dois respectivos marcadores de páginas com dedicatórias – estes 0800.

Se me pedirem para definir o livro em uma única palavra, eu diria: sofrimento. O livro é dividido em cinco partes. As duas primeiras partes podem parecer um pouco cansativas, como todo início de história que necessita introduzir o leitor no contexto criando base para o resto da trama, porém emocionantes. Todo o romance tem como pano de fundo a Segunda Guerra Mundial, sobretudo o Holocausto. A narrativa se dá em terceira pessoa, tendo como protagonista Doran Visich – um pobre garoto judeu do interior da Polônia que cresce em meio a uma condição precária, conquista uma carreira profissional brilhante e ganha um fim de vida um tanto melancólico (quase choro, sou mole pra essas coisas, rsrs). Marcos Bulzara escreve com tantos detalhes que você se ver dentro, de fato, da trama, emociona-se em determinados momentos, sente raiva e nervosismo em outros. É contagiado do começo ao fim.

A trama alterna-se entre duas situações paralelas, inclusive o porquê do título O Arquiteto do Esquecimento. A história tem dois grandes saltos no tempo que me deixou com aquela curiosidade em querer saber como se deram os acontecimentos até o próximo ato. Imaginava que iria obter as respostas até o final do livro, mas - vou logo adiantando - não tive. O que não afeta consideravelmente a história. Nos últimos capítulos do livro a narrativa muda de ângulos e cenários diversas vezes com o propositivo de complementar e levar o leitor a entender determinados acontecimentos. Sendo assim, aconselho uma leitura bem calma dessas últimas páginas para não ter aquela sensação de estar perdido no tempo.

Sobre o acabamento: belo trabalho! A capa apresenta uma arte em alto relevo com letras douradas que dá uma beleza única ao livro, de causar amor à primeira vista. As páginas que dividem as partes do livro segue a mesma ideia artística. A diagramação das falas ganhou um formato diferente do de costume na maioria dos livros que logo você entende e adapta à sua leitura sem grandes dificuldades.

No final, o livro deixa uma reflexão sobre as escolhas que fazemos, suas consequências e o desejo que muitas vezes temos de querer apagar alguns fatos. Aliás, qual parte da sua vida você gostaria de apagar?

Espero que eu tenha me feito claro ao passar as minhas impressões sobre o livro e agradeço se vocês compartilharem aqui as suas. Agora, irei ler o segundo livro que também conta com a colaboração de Marcos Bulzara: João e Maria. Logo venho aqui trocar algumas ideias com vocês.

Um forte abraço.



27 de jan. de 2015

Resenha: O retrato de Dorian Gray




Título: O retrato de Dorian Gray
Autor: Oscar Wild
Ano: 2001
Número de páginas: 215
Editora: Martin Claret




Sinopse: Neste livro, o belo jovem Dorian Gray, o protagonista, torna-se modelo para uma pintura do artista Basil Hallward. O pintor apresenta Dorian ao Lorde Henry Wotton, que o faz tomar consciência de sua beleza e do valor de sua juventude e o inicia num mundo de vícios e desregramento. Apaixonado pela própria imagem e influenciado pelas palavras de Lorde Henry, Dorian deseja permanecer eternamente belo como no retrato. Misteriosamente, seu desejo é atendido.

Resenha:
  Um clássico de leitura rápida.
  A obra se passa em Londres, século XIX. Dorian é um jovem inocente de 18 anos da alta burguesia e extremamento belo. O pintor Basil Hallward fica encantado com a beleza de Dorian e se sente inspirado a retratá-lo em uma pintura.
  Dorian aceita posar para Basil e este, impulsionado pela beleza física de Dorian, acaba fazendo uma pintura tão exata que impressiona a todos que a veem. Parece até que Basil conseguiu captar o retrato da pureza da alma do jovem Dorian.
  Em uma das sessões em que Dorian posa, o amigo de Basil, Lorde Henry Wotton, está presente. Lorde Henry, inteligente, perspicaz e tão bom com as palavras, logo seduz Dorian e toda a sua inocência para a sua visão de mundo: A beleza, o poder e o prazer.
"O senhor dispõe só de alguns anos para viver deveras, perfeitamente, plenamente. Quando a mocidade passar, a sua beleza ir-se-á com ela; então o senhor descobrirá que já não o aguardam triunfos, ou que só lhe restam as vitórias medíocres que a recordação do passado tornará mais amargas que destroçadas."
  As palavras de Lorde Henry ficam no psicológico de Dorian. Ele constata que aquela beleza juvenil ficará no retrato, enquanto ele ficará velho e enrugado.
“ Que tristeza ! Eu envelhecerei, ficarei horrível.... Mas esse quadro sempre se manterá jovem. Nunca será mais velho do que esse dia de Junho … Se fosse o contrário ! Se fosse eu que me mantivesse jovem e o retrato ficasse velho! Por isso, — por isso — Eu daria tudo ! Sim, não há nada no mundo todo que eu não daria por isso."
  Lorde Henry sente-se desafiado pela beleza de Gray e passa a influênciá-lo e instigá-lo em relação as suas atitudes. O belo, jovem e inocente Dorian Gray acaba iniciando uma vida de vícios, sem regras, leis ou pudor. Torna-se sedutor, devasso, mau, passa a destruir vidas e internamente torna-se o oposto do que sua beleza física demostra.
  A primeira mudança na personalidade de Dorian ocorre quando ele se encanta com Sylbil, uma atriz de 17 anos que interpreta os romances de Shakespeare de uma forma memorável. Dorian resolve casar-se com ela, mas em uma das peças que a garota atuava, sua concentração estava toda centrada em seu noivo. Parece que a partir do momento que o sentimento se tornou real, Sylbil não sabe mais fingi-lo em cena... O amor é mais que isso.
  Assistindo a apresentação desastrosa, Dorian cancela o casamento com Sylbil e passa a desprezá-la. Desesperada, a jovem envenena-se e morre. A partir daí, cada ato egoísta ou inumano de Dorian passa a refletir diretamente no seu caráter, na sua alma. O rapaz não se modifica fisicamente, mas percebe que o quadro pintado por Basil adquire os traços maléficos. A alma de Dorian está refletida toda no quadro, mas o jovem nem sequer envelhece.
"Qual o proveito de um homem que ganha o mundo inteiro, mas perde sua própria alma?"
  O livro te provoca muitas reflexões e críticas que, apesar de serem direcionadas a sociedade da época, se aplicam muito bem a nossa sociedade (é disso que se fazem os clássicos não é?), vemos a dificuldade de Dorian de determinar sua personalidade, as pessoas sendo julgadas pela sua aparência física... Pude notar uma certa semelhança de Dorian com a Figura de Narciso, uma vez que este se apaixona pelo seu reflexo na água e Dorian pelo seu retrato.
  Já havia começado essa resenha, mas a versão do livro que li era traduzida e adaptada pela Clarice Lispector, para o público infanto-juvenil. Essa versão removeu e atenuou os traços de homossexualidade entre Basil, Henry e Dorian - que também era uma outra crítica à sociedade da época-, mas confesso que a tradução na integra também não tem nada demais.
  Livro excelente, com leitura fácil e recomendado para o público adolescente, jovem e adulto.
  Dorian acabou vendendo a alma, só que o diabo não apareceu para assinar o contrato.


Você pode encontrar o livro:


17 de dez. de 2014

Resenha: Vingança Mortal

Título: Vingança Mortal
Autor: Raquel Machado
Ano: 2014
Número de páginas: 151
Editora: Amazon
Sinopse: 
Ao receber uma ligação sobre a morte de sua melhor amiga, Brenda volta a sua cidade natal, Lageado Grande. Lá ela vai ao velório de Nicole, onde encontra seu rosto marcado por facas. Uma dúvida surge: será que realmente foi um acidente como todos falam? Ao voltar para casa algumas pistas aparecem, e Brenda fica obstinada a investigar a morte de Nicole. Ela decide então voltar as suas raízes. Porém, o tempo parece ter mudado muitas coisas, inclusive as pessoas que ela imaginava conhecer. Envolvida em uma rede de intrigas, dinheiro, drogas e traição, ela se vê prestes a montar um quebra-cabeça, onde cada peça parece se encaixar com extrema exatidão. E a solução para esse mistério, pode revelar um segredo escondido há muito tempo.

Resenha:

Nos tempos de escola, Brenda, a nossa protagonista, vivia em Lageado Grande. Era uma garota popular e namorava Alan, um rapaz também popular que jogava no time de futebol.
No seu ciclo de amigos haviam alguns casais: Alice e Luis,  Elenor e Ricardo, Nicole e Cristian e é claro Brenda e Alan.
Todos tinham personalidades muito diferentes e Nicole era a melhor amiga de Brenda desde a infância.
Com o passar dos anos, Brenda e Alan se casam e vão morar em Caxias do Sul, se afastando do velho grupo de amigos.
Já em Caxias do Sul, Alan garante o conforme dele e de Brenda, mas para isso passa a trabalhar demais e, apesar de se darem bem, o relacionamento entre os dois começa a ter algumas crises.
Até que Brenda recebe um telefonema da mãe de Nicole. Sua melhor amiga sofreu um acidente de carro e está morta.
Brenda vai ao velório e alguns fatos começam a deixá-la um tanto cismada. Ela vê marcas de faca no corpo de Nicole e pensa: "Será que morte de Nicole foi mesmo acidente?"
Brenda começa a investigar e a única certeza que tem desde o início é que o velho ciclo de amigos está totalmente mudado.
A escrita da Raquel é bem simples e fácil. A leitura flui e é um livro pra gente ler em uma sentada só!
A edição impressa é em brochura e sem orelhas :( . As folhas são brancas, mas isso não chega a atrapalhar porque o livro é pequeno, as letras são bem grandes e a leitura te prende do início ao fim.
O livro é narrado em primeira pessoa, mas possui alguns capítulos em terceira que te trazem algumas suspeitas sobre o assassino.
É um ótimo livro pra quem quer experimentar um pouco de romance policial, mas pra quem, assim como eu, já lê coisas do gênero. Será capaz de descobrir o assassino logo nas primeiras páginas.
Sim, é meio clichê nos romances policiais e o modo como o vilão age só te faz ter mais certeza, mas Raquel usa deste clichê com maestria e tudo acaba te surpreendendo de qualquer forma.
De forma alguma essa deixa de ser uma ótima leitura e te garanto que mesmo já suspeitando da identidade do assassino o modo como a trama se interliga irá te surpreender.
Como já disse, o livro é bem curto e senti muita falta de algumas páginas a mais.


Você já leu Vingança Mortal? É um excelente presente de natal heim!
Veja como adquirir o livro aqui.



Hey falando no livro dela, a Raquel é uma grande inspiração não só para aqueles que um dia querem publicar um livro, mas também para todos os sonhadores.
Ela participou da série  "15 motivos para acreditar em 2015" do Jornal Pioneiro (RS) e mostra que temos que ser perseverantes quando queremos realizar nossos sonhos.

"You may say i'm a dreamer

But i'm not the only one"

                                  Jonh Lennon


Abraços,


7 de dez. de 2014

Resenha: A Ilha de Kansnubra e o Portal Perdido



Título: 
A Ilha de Kansnubra e o Portal Perdido
Autor: Andrews Ulisses
Ano: 2013
Número de páginas: 278
Editora: Novo Século

Sinopse: Garley é um tímido estudante de dezesseis anos que encontra um misterioso medalhão de ouro e é transportado a uma ilha chamada Kansnubra. Localizado no enigmático Triângulo das Bermudas, este fantástico lugar é palco de mago, bruxas e dragões. Para encontrar o portal perdido e retornar a sua vida normal, Garley deverá criar coragem e cumprir uma missão. Com a ajuda de Aldrich, Johnny, Laura, Jorge e Alix, eles partem em direção ao Monte Tylan, mas monstruosas criaturas e poderosos inimigos cruzam o caminho dos jovens. Será que Garley conseguirá enfrentar seus medos e alcançar o objetivo?

Resenha: Oi gente, tudo bem?
Hoje eu venho, com um pouco de atraso, trazer a resenha do livro A Ilha de Kansnubra e o Portal Perdido do autor parceiro Andrews Ulisses.
Sei que está meio atrasada, mas esse final de semestre pra mim está uma loucura. Tenho tudo anotadinho aqui pra não esquecer nada rs

O livro começa com Garley, o nosso protagonista, voltando do colégio. O colégio onde estuda? Não! O colégio onde sofre bullying porque pelas suas notas a última coisa que ele faz lá é estudar!

Garley é um garoto franzino de família pobre, o que acaba só dando mais motivos pra sofrer bullying... Aí você se pergunta: Quem é Garley? O que ele faz? Bom, Garley é o garoto que sofre bullying e a sua principal atividade é sofrer bullying rsrs
Sim gente eu gosto de exagerar, mas foi assim que me senti nas primeiras páginas. O garoto sofre na escola, esconde isso do pai com medo de ser julgado. Até conta seus problemas à mãe e ao avô, mas pede que não se metam.
Mas de repente o forninho caiu! Garley encontra um medalhão com uns símbolos estranhos que parece ser muito valioso, mas quando ele resolve colocar o tal artefato, é teleportado para um lugar totalmente  diferente:
-A Ilha de Kansnubra, uma ilha encantada e isolada do resto do mundo. Localizada onde seria o triângulo das bermudas (genial Andrews!!! Palmas pra você!). Tá aí a explicação do porquê vários navios desaparecem nesse local e eu, com a mente viajada que tenho, chego até a adotar tal teoria. Bem que poderia ser né?
Chegando na ilha Garley está em uma cidade chamada Carolinda e descobre que voltar pra casa não será uma tarefa fácil. O portal que permite contato com o mundo exterior está desaparecido, foi escondido por Zallezeres, um mago que assassinou o Cavaleiro Dourado, um grande guerreiro de Carolinda, e desapareceu. (Caramba Diego, quanta informação. Vá aprender a escrever vá!)
Aí começa toda a trama:
-Quem aí gosta de Harry Potter?!?!
-Eeeeeu \o
Pois bem, eu encontrei muitas (tipo muitas mesmo) referências a obra da J.K. e algumas outras também. Vou mencionar algumas abaixo:


-Garley é uma negação na escola. (P.J.: Os semideuses iam mal na escola porque tinham dislexia e DDA, na verdade eles eram adaptados para ler grego.)
-Logo no começo do livro descobrimos que o Cavaleiro Dourado deixou uma espada que não era qualquer um que podia usar. No começo eu pensei em algo como O Cavaleiro da Távola Redonda, mas de repente descobrimos que a espada escolhe o seu guerreiro (H.P.: lembra da visita de Harry ao Olivaras?).
-Para chegar até o portal Garley e os amigos devem passar por uma floresta repleta de monstros e criaturas mágicas (H.P.: me lembrou bastante a Floresta Proibida).
-A cidade de Carolinda possui um banco chamado Catorves, o lugar é muito bem protegido. (H.P.: Hagrid disse "Não existe lugar mais seguro que o Banco Gringotes, a não ser talvez a própria Hogworts).
-Garley faz amigos na Ilha e esses amigos não eram dos mais populares e também sofrem bullying em Carolinda (é parece que o bullying é mesmo universal rs). Quando um dos valentões diz a Garley que ele deveria preferir a sua amizade ele responde "Não quero ser amigo de um sujeito tão desprezível como você!" (H.P.: Malfoy era você??)

Encontrei alguns erros de digitação, concordância e palavras juntas, mas o enredo valeu a pena.
Senti falta de uma melhor construção dos personagens, a vida de Garley se passa muito bullying rápido rs. De repente ele já está na Ilha e eu não tive nem tempo de me importar... Depois, ele parecia mais um personagem foi como se ele tivesse deixado de ser protagonista e tivéssemos vários coadjuvantes atuando. 
O livro do Andrews nos trás referências a outras obras, mas posso garantir que o universo criado por ele é TOTALMENTE bullying original rs.
A obra é infanto juvenil, mas recomendo para todas as idades, pra quem precisa sair daquela ressaca literária essa é uma boa!

Para adquirir o livro do Andrews dê uma olhada nesse post.




Espero que tenham gostado!
Abraços

~o~

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7 de nov. de 2014

Resenha: Laranja Mecânica




Título: Laranja Mecânica
Autor: Anthony Burgess
Ano: 2004
Número de páginas: 224
Editora: Aleph



Sinopse: Narrada pelo protagonista, o adolescente Alex, esta brilhante e perturbadora história cria uma sociedade futurista em que a violência atinge proporções gigantescas e provoca uma reposta igualmente agressiva de um governo totalitário. A estranha linguagem utilizada por Alex - soberbamente engendrada pelo autor - empresta uma dimensão quase lírica ao texto. Ao lado de 1984, de George Orwell, e Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, Laranja Mecânica é um dos ícones literários da alienação pós-industrial que caracterizou o século XX. Adaptado com maestria para o cinema em 1972 por Stanley Kubrick, é uma obra marcante: depois da sua leitura, você jamais será o mesmo.

Resenha: 
Olá meus drugues* (amigos)! 
Hoje eu vou falar um pouco sobre esse grande clássico distópico da literatura, o Laranja Mecânica.
Já falei o que eu pensava quando ouvia sobre o nome desse livro né?
Você pega um livro com esse nome, se você não lê a sinopse o quê você pensa?
"Com certeza o livro é sobre uma máquina de suco de laranja que ganha vida e resolve 'esbagaçar' a humanidade - Só que não!
Laranja vem do inglês 'orange' que o autor utilizou de um trocadilho com 'orang-outang' ou seja, orangotango. Estamos falando de um humano (já que evoluímos dos macacos) que é mecânico, é uma máquina, ou seja, pode ser controlado. - Pois bem, agora tudo faz sentido!
O livro é narrado em primeira pessoa pelo jovem Alex, que é preso e submetido - por livre e espontânea vontade - a um tratamento para reabilitação, que acaba fugindo muito dos nossos princípios morais.

A Técnica Ludovico, nome dado ao tratamento de choque, garante a extinção da maldade em apenas quinze dias. Com ele o governo pretende diminuir a superlotação nos presídios e criar uma sociedade pacífica e segura, liquidando o extinto criminoso.
O problema da técnica é que ela não remove a maldade, ela causa mal estar e dores com qualquer pensamento considerado violento ou inaceitável, ou seja, o indivíduo não se torna bom ele só não tem outra escolha.
"A virtude vem de nós mesmos. É uma escolha que só a nós pertence. Quando um homem perde a capacidade de escolher, deixa de ser homem."


Alex, o nosso protagonista, é um jovem amante da música erudita. Completamente apaixonado por Ludwig Van Beethoven, portanto a música clássica é predominante não só no livro como no filme também. - Inclusive no filme Alex cantarola Singing in the Rain, canção de um dos meus musicais favoritos, a canção é de suma importância para o desfecho da história. - Não se deixe enganar pela aparência e gosto musical de Alex, seu maior prazer é a ultra violência.

A escrita é um tanto quanto peculiar. Os jovens delinquentes dessa obra se comunicam com uma linguagem chamada Nadsat, onde o autor se baseou um pouco na linguagem russa e no linguajar da classe operária britânica. A linguagem provoca um certo estranhamento no início da obra, mas nota-se que era essa a intenção do autor.
Como quero comprar a edição especial de 50 anos (por enquanto a minha renda e a minha promessa de não comprar livros até ler os que já tenho não permitem), emprestei o livro da biblioteca da escola e as últimas páginas contém um Dicionário Nadsat, mas garanto que o mesmo não é necessário já que é possível descobrir o significado das palavras pelo contexto, ó meus irmãos. Quando chegar ao fim do livro você já estará falando Nadsat melhor que o próprio Alex. - Linguagem muito horrorshow diga-se de passagem.
"- Desculpas - disse eu, cauteloso. - Eu tive aí uma dor de gúliver e tinha que dormir. Não me acordaram na hora que eu tinha dado ordem. Mas estamos aí, prontos para o que a nótchi nos oferece, não é?"
Sobre a revisão e a diagramação não tenho reclamações. O livro sofreu muitas revisões e já era de se esperar que não houvessem erros.

Quando comecei a leitura, não imaginava que se tornaria uma das minhas favoritas.
Laranja Mecânica, me fez refletir questões políticas de uma maneira bem agradável.
Recomendo o livro para as faixas etárias jovem e adulto e, embora o filme seja bem fiel ao livro, o mesmo é para maiores de dezoito anos devido a cenas de nudez e sexo.

Uma obra excelente que eu recomendo fortemente.
Agora te pergunto:
"Até onde ser uma boa pessoa, pode realmente ser bom?"

Abraços






11 de out. de 2014

Resenha: Irmão Negro




Título: Irmão Negro
Autor: Walcyr Carrasco
Ano: 2003
Número de páginas: 80
Editora: Moderna




Sinopse: Em Irmão negro, o narrador da história, Leo, é filho único e sempre desejou ter 
irmãos. Quando sua mãe recebe uma carta, fica chocada ao saber que sua irmã faleceu e 
deixou um filho, Sérgio, que está abandonado, vivendo nas ruas. A mãe de Leo viaja para 
Salvador e de lá traz seu primo, que deverá ser incorporado à família como irmão de Leo. 
Sérgio é negro e a convivência se mostra difícil - o menino é faminto e calado. Assusta-se com facilidade. Desconhece vida de classe média. É discriminado pelos amigos de Leo e sofre o preconceito quando sai a passear com ele. O menino negro possui também um segredo. Só quando Leo consegue descobrir seu afeto pelo irmão negro o mistério é revelado. Assim, aos poucos, Leo aprende a enfrentar as dificuldades causadas pelo preconceito e ajuda seu irmão a se integrar com outras crianças e amigos.

Resenha: 
Com uma linguagem simples, Walcyr Carrasco conta em Irmão Negro a história de Leo e Sérgio.
Leo é filho único e sempre quis um irmão, mas sua mãe não pode mais engravidar.
Quando Leo recebe a notícia de que seu primo virá morar em sua casa, ele já diz a todos que ganhará um novo irmão. Leo é loiro e tem a pele clara, toda a família de sua mãe era assim e portanto esperava que Sérgio, seu primo, se parecesse com ele.
Mas quando encontra Sérgio se depara com um garoto magro, negro e com cabelo pixaim. Leo se surpreende com a aparência do primo, mas o aceita, o respeita e o ama como verdadeiro irmão.
O problema é que nem todo mundo pensa da mesma maneira que Leo e, para alguns, a cor da pele acaba importando mais que o caráter.
Um fato curioso é que Leo não sabia sequer que tinha uma tia, já que a mesma fugiu de casa para se casar com um rapaz negro. Ou seja, a discriminação e o preconceito já estavam entranhados até mesmo na família de Leo.
Os pais de Leo são muito compreensíveis e tratam Sérgio como um filho. Eu imaginava que a mãe de Leo seria preconceituosa como seus pais eram, mas percebi que o fato de ter perdido o contato com a irmã devido à discriminação dos pais já foi algo que acrescesse a seu caráter.
Os amigos de Leo discriminam Sérgio, mas notei que as crianças cometem esse tipo atitude principalmente por serem influenciados pelos adultos.


 "O Homem nasce bom por natureza mas a sociedade o corrompe" - Rosseau.

E o Sérgio é sempre muito tímido, quase não fala e tem medo de tudo e de todos, mas isso se deve a um trauma passado, um segredo que Sérgio carrega consigo.

O racismo é crime inafiançável previsto em lei desde 1989! Porém ainda é um problema atual e, apesar de a primeira edição de Irmão Negro ter saído em 1995, vemos que a sociedade não se modificou muito.
Casos extremos são pauta no futebol, como o caso do jogador Aranha ou o Daniel Alves com a hashtag (que acabou virando mais marketing que protestou ou campanha) #somostodosmacacos
A coisa mais complicada é que nenhum racista se assume racista.

Devido à linguagem do autor e aos acontecimentos no livro,  creio que a obra deve ser lida por todas as idades, pois consegue passar uma mensagem e uma moral de maneira simples e objetiva.
Gostei muito da leitura, principalmente porque já presenciei inúmeras situações de preconceito racial.






19 de set. de 2014

Resenha: Trilogia Jogos Vorazes




Oi gente!
Hoje resolvi fazer uma resenha tripla.
Vamos falar sobre a trilogia distópica de Jogos Vorazes, uma trilogia que me conquistou e me fez cair aos pés desse mundo fantástico que são as distopias.

 


LIVRO 1
Título: Jogos Vorazes
Autor: Suzanne Collins
Ano: 2010
Número de páginas: 397
Editora: Rocco



Sinopse: Numa nação chamada Panem, jovens de 12 a 18 anos são selecionados para lutar até a morte nos chamados Jogos vorazes. Katniss Everdeen se oferece para lutar no lugar da irmã, escolhida para o programa. Vinda do empobrecido Distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Até onde ela estará disposta a ir para ser vitoriosa?

Resenha: No primeiro livro, somos introduzidos a todo esse universo distópico criado pela autora.
Panem, o antigo EUA, era composto por treze distritos que eram controlados pela Capital – uma metrópole tecnologicamente avançada que contrasta com a pobreza dos distritos. O problema é que o décimo terceiro distrito rebelou-se e foi destruído. Para lembrar aos outros distritos o poder que a Capital tem sobre eles, foi criado um Reality Show sanguinário: Os Jogos Vorazes, onde um casal de cada distrito é selecionado e enviado para, junto a outros jovens, lutar uns contra os outros pela própria vida e somente um pode sair vivo.
O livro é narrado em primeira pessoa pela protagonista Katniss, moradora do Distrito 12.
O nome dos jovens é colocado todos os anos em um recipiente para o sorteio de quem irá aos jogos de modo que quanto mais velhos, mais vezes os nomes estarão no sorteio. Como Distrito 12 é muito pobre, alguns jovens colocam o nome mais vezes nesse recipiente em troca de alimento. Esse é o caso da Katniss, mas o problema é que sua irmã Prim está com 12 anos e, mesmo que seu nome só esteja uma vez no sorteio, Prim é sorteada e Katniss se oferece para ir em seu lugar.
Além de toda a adrenalina nos jogos, o livro também tem um pouco de romance. Logo no começo já começamos a perceber a formação de um triângulo amoroso entre a protagonista, seu amigo de infância Gale e Peeta, o garoto do Distrito 12 que foi selecionado para ir com Katniss aos jogos.
A autora sabe exatamente como descrever as cenas de ação e construir os personagens, esse é um tipo de livro que você tem dificuldade pra parar no meio e acaba devorando depressa. Cheguei a ler Jogos Vorazes em apenas um dia.

~SE VOCÊ AINDA NÃO LEU O JOGOS VORAZES É MELHOR PARAR POR AQUI.~



LIVRO 2
Título: Em Chamas
Autor: Suzanne Collins
Ano: 2011
Número de páginas: 413
Editora: Rocco



Sinopse: Depois da improvável e inusitada vitória de Katniss Everdeen e Peeta Mellark nos últimos Jogos Vorazes, algo parece ter mudado para sempre em Panem. Aqui e ali, distúrbios e agitações dão sinais de que uma revolta é iminente. Katniss e Peeta, representantes do paupérrimo Distrito 12, não apenas venceram os Jogos, mas ridicularizaram o governo e conseguiram fazer todos - incluindo o próprio Peeta - acreditarem que são um casal apaixonado.
A confusão na cabeça de Katniss não é menor do que a das ruas. Em meio ao turbilhão, ela pensa cada vez mais em seu melhor amigo, o jovem caçador Gale, mas é obrigada a fingir que o romance com Peeta é real. Já o governo parece especialmente preocupado com a influência que os dois adolescentes vitoriosos - transformados em verdadeiros ídolos nacionais - podem ter na população. Por isso, existem planos especiais para mantê-los sob controle, mesmo que isso signifique forçá-los a lutar novamente.

Resenha: O segundo livro da série é de suma importância para a trilogia, ele serve para introduzir uma série de acontecimentos para o futuro de Panem.
O fato de Katniss ter burlado as regras e terem saído dois sobreviventes da arena, foi interpretada como uma afronta à Capital. No segundo livro as coisas começam literalmente a pegar fogo!
Nesse livro temos a 75ª edição dos Jogos Vorazes e eles resolvem fazer uma edição especial. Nessa edição, todos os campeões dos jogos anteriores terão que retornar a arena (o que pode nos trazer um ódio mortal da autora, já que pensamos que os nossos protagonistas haviam se livrado).
Agora podemos conhecer os outros campeões e pensamos que com certeza Katniss e Peeta não terão chance, apesar de ficar na expectativa de tudo dar certo.
O triângulo amoroso, criado no primeiro livro, fica cada vez mais pontudo e a única coisa que eu conseguia pensar sobre isso era "Katniss decida-se, eu não posso fazer nada."
O livro termina de uma forma surpreendente e totalmente inconclusiva, deixando uma abertura pro próximo volume.
Alguns trechos do livro te deixam tão aflito que você chega a esquecer até de respirar. rsrs

~SE VOCÊ AINDA NÃO LEU O EM CHAMAS, É MELHOR PARAR POR AQUI.~




LIVRO 3
Título: A Esperança
Autor: Suzanne Collins
Ano: 2011
Número de páginas: 421
Editora: Rocco


Sinopse: Depois de sobreviver aos jogos por duas vezes, Katniss tentará se encontrar no papel de símbolo de uma revolução, enquanto luta para proteger sua mãe e sua irmã no meio de uma guerra.

Resenha: A conclusão da trilogia é surpreendente.
Não posso dar nenhum spoiler, mas quando iniciamos a leitura lá nos Jogos Vorazes nunca pensaríamos no que estava por vir... No começo cheguei a pensar que tudo foi em vão, mas concluí que o que acorreu foi por um bem maior.
As chamas do segundo livro agora explodiram! Os distritos se voltaram contra a capital e estão prontos para destruí-la e Katniss, a nossa protagonista se tornou um tordo - o símbolo da revolução.
Claro que toda essa revolução não seria fácil e acaba resultando em muitas mortes, inclusive de personagens os quais nos apegamos muito e, apesar de eu ter achado tudo muito injusto, esses acontecimentos tornaram a história muito mais realista.

Concluindo...
Collins criou todo um universo pelo qual fica impossível não se entreter, por mais que a gente não goste muito da personalidade de todos os personagens, tenho que admitir que eles são extremamente bem construídos. Tenho que confessar também  que o final da história é completamente imprevisível.
A trilogia Jogos Vorazes, com certeza irá te entreter e é um YA que agradaria qualquer leitor que goste do gênero.
Para a avaliação, não avaliei cada livro separadamente, mas sim a trilogia completa.


Bom gente, essa foi a resenha de hoje.
Não esqueçam de deixar nos comentários o que acharam.

Abraços